Parlamento dos Jovens


A escola acolheu com entusiasmo o projecto "O Parlamento dos Jovens" uma iniciativa conjunta da Assembleia da República, do Instituto Português da Juventude, I.P.J., Ministério da Educação e das Secretarias Regionais, que nas regiões autónomas, tutelam a educação e juventude.

O programa está a ser desenvolvido desde o primeiro período e tem como objectivos:
- Incentivar o interesse dos jovens pela participação cívica e política;
- Sublinhar a importância da sua contribuição para a resolução de questões que afectam o seu presente e o futuro individual e colectivo, fazendo ouvir as suas propostas junto dos órgãos do poder político;
- Incentivar as capacidades de argumentação na defesa das ideias, com respeito pelos valores da tolerância e da formação da vontade da maioria.

O programa desenvolveu-se ao longo de três fases que antecedem a sessão distrital do Parlamento dos Jovens, a saber:
- Debate do Tema;
- Processo Eleitoral, onde se inclui a formação de listas candidatas, dentro da Escola;
- Eleição dos deputados às Sessões Escolares para aprovação dum Projecto de Recomendação da Escola e eleição dos representantes às Sessões a nível distrital ou regional;

As turmas participaram num debate em torno das Energias Alternativas, que se realizou no dia 28 de Novembro de 2007. Este debate contou com a presença do Professor José Carlos Teixeira, pertencente ao Departamento de Energia Mecânica, da Universidade do Minho.
Na presença das diferentes turmas procedeu-se à eleição dos elementos que constituíram a Comissão e a mesa eleitoral. A primeira, para supervisionar o processo eleitoral e, a segunda, para procederem ao escrutínio dos votos.
As turmas desenvolveram esforços tendentes à formação de listas com 10 elementos, independentemente da turma ou do ano a que pertenciam, no sentido de tomarem uma posição sobre o tema do presente ano lectivo “Energias Alternativas”.
Decorrido o tempo da campanha eleitoral, submeteram-se a sufrágio três listas com os respectivas sínteses dos projectos de recomendação:

LISTA A - 8ºA, 8ºB e 8ºD
Cátia Brazete ; Inês Magalhães ; Pedro Jardim ; Mariana Xavier ; Daniel Fernandes ; Bernardo Sousa ; Deniz Passos; Ana Cláudia ; Bruna Lage ; Eunice Rodrigues

Para recuperarmos da crise energética que o País (e o Mundo!) está a atravessar, devido à utilização excessiva e continuada de combustíveis fósseis, consideramos que Portugal tenha que tomar medidas como: a aposta em energias alternativas, nomeadamente a fotovoltaica, principalmente na região sul do País, a energia eólica e a energia hídrica como já está há muito a ser feito. Além da nossa obrigação de tirarmos partido dos recursos naturais que Portugal possui, deveríamos também apostar fortemente na educação: exposição de informação e debates, principalmente entre os jovens, sobre hábitos energeticamente sustentáveis. Assim como a elaboração e concretização de iniciativas relacionadas com a defesa e implementação das Energias Verdes teria elevada importância. Por um Portugal diferente, por um Portugal melhor!

LISTA B - 9ºC
Maria Novo ; Bruno Leite ; Carolina Santos ; Mariana Nogueira ; Ana Rodrigues ; Débora Jaques ; Inês Costa ; Joana Rodrigues ; José Rodrigues ; Juliana Chavarria ; Simão Felgueiras
Os recursos renováveis representam actualmente cerca de 20% do fornecimento total de energia no mundo, com cerca de 14% proveniente de biomassa. Esta, é utilizada em Portugal (em minoria), mas com pouco conhecimento. Portanto vamos dar a conhecer melhor esta energia, para que os 38% de área florestal coberta em Portugal seja melhor utilizada, tendo as suas vantagens e desvantagens.
Vamos considerar várias fontes energéticas de origem natural neste tema como:
- Biomassa sólida;
- Biocombustíveis líquidos;
- Biocombustíveis gasosos.

LISTA C - 9ºE
Susana Caneja ; Marisa Parente ; Hugo Baptista ; Alberto Oliveira ; André Rocha ; Daniela Rocha ; Dulce Barros ; Fábio Campainha ; Miguel Lima ; Paulo Fernandes ; Tomas Durães
No quadro da sustentabilidade do modelo energético do país, terá da haver incentivos por parte do governo, às famílias, para estas, adoptarem com maior eficiência energética.
- Máquinas de uso doméstico

No dia 22 de Janeiro decorreu o acto eleitoral, tendo sido eleitos representantes à sessão distrital - Cátia Brazete , Inês Magalhães, Maria Novo., com o seguinte “Projecto de Recomendação”.


Circulo de Viana do Castelo

Projecto de Recomendação

As Energias Verdes, uma prioridade nacional

Atravessamos uma crise energética derivada da utilização excessiva e continuada de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural, essencialmente) para a produção de energia. Este impacto ambiental, desencadeia elevadas emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, provocando o aumento do efeito de estufa e o aquecimento global, de que resultam, entre outros, o degelo das calotes polares e a destruição de habitat de inúmeras espécies.
As alterações climáticas causam também desequilíbrios nos ecossistemas, nomeadamente no do Homem. Uma “bola de neve” ,donde surgem problemas associados à emissão excessiva de CO2 para a atmosfera. “Travar tudo isto” é uma prioridade.
Por isso foi assinado o Protocolo de Quioto, acordo entre vários países (incluindo Portugal), que visa reduzir as emissões de dióxido de carbono. Impuseram-se limites à libertação de gases. Recordar, que os combustíveis fósseis são recursos esgotáveis. No caso do petróleo, prevê-se o seu esgotamento dentro de quarenta anos. Um dia, o petróleo vai mesmo acabar.
Portugal era, em 1990, o país da União Europeia com a menor emissão de dióxido de carbono. A manterem-se os procedimentos energéticos, o aumento de emissões será de 46,7%, o que contraria Quioto e determina o pagamento de pesadas multas a um País em crise económica.
E as gerações vindouras conseguirão viver num planeta com as temperaturas a subir todos os anos? Urge olhar pelo futuro da Terra. A solução para o nosso país é o aproveitamento dos recursos naturais que possuímos para a produção de energia. Ficaríamos energeticamente menos dependentes do exterior. Temos sol, vento e água.
Energia nuclear - Não defendemos a energia nuclear. Produz grandes quantidades de resíduos radioactivos que teriam que ser sujeitos a um armazenamento seguro. E nem sequer é uma energia renovável.
Biomassa - Sendo renovável pode melhorar a qualidade do ambiente, já que se faz através do aproveitamento dos desperdícios da matéria orgânica, principalmente através da indústria. Pode também contribuir positivamente para a economia, fornecendo vários postos de trabalho .Seria uma energia segura e com grande potencial, caso a combustão da biomassa não libertasse exorbitantes quantidades de dióxido de carbono para a atmosfera.
Energia geotérmica - Uma potencial opção para os Açores. Permite poupança de energia e liberta menos gases poluentes para a atmosfera, se comparada com outras fontes de energia não renováveis.
Energia das Ondas - Ainda não está suficientemente desenvolvida no nosso País, mas pode ser uma óptima solução de futuro.
Achamos, portanto, que as energias que melhor se adaptariam a Portugal, seriam a hídrica (barragens), a foto voltaica (essencialmente na zona do Alentejo, como já está a ser feito) e a eólica (essencialmente no Norte do País, como, felizmente, também já está a ser feito).
O que interessa nestes casos é a promoção destas energias e a sua maior utilização.
Energia hídrica - No decurso do século XX, a produção hidroeléctrica foi principalmente efectuada através da construção de barragens de grande ou média capacidade. È um processo eficiente e menos poluidor na produção de electricidade.
Energia eólica - Condicionado pela intensidade do vento, Portugal tem condições propícias a este tipo de aproveitamento. O custo de fabrico dos geradores eólicos é relativamente económico. O tempo de vida dos “moinhos” (torres eólicas) é de vinte anos. Os geradores modernos produzem electricidade a preço competitivo.
Energia solar - De três tipos: térmica, fotovoltaica e, mais recentemente, termodinâmica.
A térmica produz energia calorífica para o aquecimento de águas sanitárias. É uma energia limpa, que funciona com a radiação indirecta em dias encobertos. É de lembrar que o recurso a sistemas de aproveitamento de energias naturais em edifícios já é obrigatório (Decreto-Lei 78, 79, 90 de 2006)
O mais recente tipo de aproveitamento da energia solar é sob a forma de energia termodinâmica. Neste tipo de energia, a limitação dos painéis solares tradicionais é ultrapassada através da elevação da temperatura da água com alta eficiência e grande economia de energia. Com este sistema consegue-se uma redução da área útil de painéis quando comparada novamente com os sistemas de aquecimento solar tradicionais.
Apresenta-se como uma óptima solução para o aquecimento central, evitando o incómodo necessário para o aprovisionamento do gás, lenha ou qualquer outro combustível dos sistemas de aquecimento habitualmente utilizados.
Além destas últimas medidas apresentadas (hídrica, eólica, térmica, fotovoltaica e termodinâmica, principalmente. Há também medidas de menor empreendimento, mas importantes, como a promoção da utilização de lâmpadas de alta eficiência, a construção e ampliação de redes de metropolitano, e de outros transportes públicos, forte incentivo ao uso de transportes colectivos, favorecendo a redução das emissões de dióxido de carbono.
Outra medida muitíssimo importante está na Educação:
· Na elaboração e concretização de iniciativas como o “Parlamento dos Jovens” , pois desenvolve nos jovens o espírito crítico indispensável, que permitam no futuro à adopção de medidas determinantes dirigidas para soluções energéticas necessárias ao País.
· Na inserção destes assuntos/temas no processo ensino-aprendizagem, o que nos parece pertinente. As ideias sustentáveis relativamente ao meio ambiente deveriam ser incutidas nas crianças desde o pré-escolar, já que os valores e princípios de uma pessoa são principalmente interiorizados/ assimilados durante a infância.
Por fim, a aprovação de leis que apoiem as energias alternativas e hábitos energeticamente sustentáveis é uma prioridade, sem nunca esquecer a importância de fazer saber à população os interesses dessas leis e os benefícios que estão subjacentes à sua aplicação.
Tudo isso feito com espírito crítico, económico, mas, ao mesmo tempo e o mais importante com espírito cívico, e ambientalista. Porque todos juntos, podemos salvar o Planeta.


Medidas propostas
Considerando que Portugal possui fontes de energia verde que o podem tornar quase auto-suficiente a médio prazo, propõe-se:
1. Estabelecer como prioridade nacional o desenvolvimento das energias verdes;
2. Investir, de forma integrada e sustentável, nas energias que são mais adequadas às características geográficas e climáticas do nosso território – hídrica (barragens), fotovoltaica (especialmente no Alentejo) e eólica (Norte e Centro do País);
3. Sensibilizar e formar cidadãos com uma correcta consciência ecológica, a qual deve servir de suporte ao uso sistemático de energias alternativas e hábitos de consumo energeticamente sustentáveis, nomeadamente através de um forte investimento no desenvolvimento de projectos e de componentes curriculares específicas em todos os níveis do sistema educativo e formativo.

Separação de resíduos


No dia 4 de Março o professor Albino Freixo dinamizou uma actividade de sensibilização ambiental, denominada “Estafetas da Reciclagem”, onde os alunos fizeram a separação de resíduos sólidos, papel, papelão, vidro, plástico, alumínio, em prol do ambiente.
Estas iniciativas ganham cada vez mais destaque como alternativa para a melhoria da qualidade ambiental e para o aumento da vida útil de aterros sanitários, assim como para promover uma mudança nos hábitos da população, ampliando a conscientização ecológica e reduzindo o desperdício.